sexta-feira, novembro 06, 2009

Das minhas conclusões sobre a lei de Murphy

Hoje, depois do almoço, estava caminhando na rua até o ponto de ônibus. Estava suada, já que ultimamente tem feito um calor infernal, culpa desse aquecimento global. Estava com o cabelo escovado, absoluta - como diria Stephany,  quando começou a garoar. A princípio me senti completamente feliz e aliviada pela chuvinha fraca e, francamente, meio morna que estava caindo. Depois, pensei muito irritada: “faz dois meses que eu não faço escova, e justamente hoje chove! Ô lei de Murphy! Ele deve estar tentando a livre docência no céu e eu sou o grupo de teste dele, não é possível!”

Mas pensei melhor. Se eu não estivesse de escova, estaria cantando alegremente. Estaria curtindo uma garoa fina, me sentindo uma "Garota do Fantástico". Adoro tomar chuva. Abro os braços e fico rindo olhando para cima, bem à la "Um sonho de liberdade". Acho que isso veio de um dia minha mãe ter ficado embaixo de um temporal quando estava grávida de mim. Ela disse que foi um "desejo". Só que ao invés de comida exótica - tipo tijolo - eu quis um belo banho de chuva. Depois de alguns meses, eu quis beber 4 litros de vinho... eu era um feto hippie.

E assim sou hoje. Não, não bebo 4 litros de vinho por dia, mas adoro tomar banho de chuva e de cachoeira, além de chuveiro, claro. Mas nada disso me fez esquecer o fato de que eu tinha perdido meu tempo fazendo uma escova no meu cabelo.

E se meus cabelos não estivessem absolutos e lisos, como em tantos outros dias que peguei chuva sem escova? Teria levantado os braços e cantado "singing in the rain". Então sorri, olhei para o céu e vi gotinhas pingando nos meus óculos grossos.

2 comentários:

Will Ananias disse...

Pois é...olhando bem, tudo tem um lado bom, né? XD

Bom texto. Bju

Anônimo disse...

Ahahaha! E eu que não achava que essa coisa de desejo de "tijolo" fosse tão comum. Achei que minha tia era vítima de experiência extraterrena quando pediu barro de construção na primeira gravidez e na segunda, foi obrigada a esmagar um tijolo no martelo de amolar carne, já que a construção já estava concluída. :P