quarta-feira, setembro 30, 2009

Aniversário de um ano do Crônicas!!

Em março de 2008 eu me iniciei nessa coisa obscura que é ter um blog. Mas não era para mim, era para um grupo de estudo de poesias. E foi fazendo um blog que descobri a blogosfera. Nem me importava com ela, só usava a internet para jogar e ver emails. Foi com o In-vazão Poética (do qual não participo mais) que senti uma incrível vontade de escrever.

Mas sobre o quê? O que eu sei mais que todo mundo para manter um blog sobre? Foram meses pensando, até que um dia, contei ao meu melhor amigo daqui da faculdade que eu ia ser blogueira. Então o Alexandre me perguntou: "Sobre o que você vai escrever?". Eu não sabia a resposta. Olhei para ele e respondi: "Crônicas." E ele retrucou: "Crônicas ninguém lê."

E assim surgiu o nome do meu blog: Crônicas a ninguém. Como a única coisa que eu tenho pleno domínio é o nada, resolvi que esse seria o tema perfeito: NADA. Devo admitir que a série Senfield me inspirou muito, já que a sinopse dela é "uma série sobre o nada".

E o nada rendeu. Rendeu noites sem dormir, algumas risadas, algumas neuras, mas, acima de tudo, um prazer enorme em escrever para mim e para vocês. Coloquei há pouco tempo um marcador para saber quantas pessoas se aventuravam (obrigadas ou não) a ler o Crônicas. Imaginem a minha cara ao ver hoje o marcador mostrando mais de 500 pessoas! Para quem o público-alvo era ninguém, estou extremamente feliz e surpresa. Assim, vocês me incentivam a escrever mais, e, principalmente é graças a vocês que o Crônicas está vivo.

Para comemorar o aniversário desse meu bebê, ele ganhou uma roupagem nova - que caso vocês não tenham gostado, comentem... ainda há muitas coisas a serem arrumadas nele. Porém com o tempo o meu blog ficará cada vez melhor.

E tudo isso graças a você, o motivo do meu sorriso quando escrevo, pois sei que alguém (em Portugal, Nova Iorque ou Maceió) vai ler.

Muito obrigada.

E parabéns ao meu blog!!!! \o/
Eu não sou o Silvio Santos, mas também agradeço o carinho! ^^

segunda-feira, setembro 21, 2009

Do prazer de ler

Nessa última quinta-feira resolvi conversar com um professor meu, sobre meu TCC. Depois de quase uma hora de devaneios a respeito da vida, do casamento, de vícios e de relacionamentos, ele me emprestou um livro de sua coleção particular para que eu tenha base teórica para o meu documentário.

Quando ele me entregou o livro, estranhei a sensação causada. Fazia meses que eu não segurava um livro, inclusive um tão grande e cheio de páginas, sem desenho nenhum. "A Mulher do Próximo", de Gay Talese. Um livro grande e de capa vermelha. Não sabia se colocava na bolsa ou se o segurava. Resolvi andar com ele nos braços, orgulhosa de segurar algo que vejo cada vez menos nas ruas.

Desde que a internet consumiu minha vida, não li mais nenhum livro. Só e-book, porque eu sou uma viciada em leitura, como já disse aqui.

Mas assim, um livro de verdade, fazia tempo. E exatamente por tanto tempo sem folhear páginas e mais páginas de estórias é que eu fiquei com vontade de escrever. Para contar que eu acredito ser uma das últimas pessoas que ainda diz com orgulho que gosta de ler, que adora comprar um livro, que se sente bem em ser míope. Não que blogs de fofoca e humor não sejam bons para ler.

A verdade é que eu durmo muito mais feliz quando "gastei" duas horas lendo um livro. Ah, como eu fico feliz. E já tinha até me esquecido dessa senssação. Pois tinha trocado esse prazer por insônias e dores nas costas... Por isso, leiam e sejam felizes.


Musiquinha de hoje, do grande musicista Pelé: "ABC, ABC, toda criança tem que ler e escrever!"

terça-feira, setembro 15, 2009

Me digas quando nasceste e te direi quem és

Quando eu era mais nova, adorava ler coisas sobre os astros. Não sobre a Britney Spears, mas sobre astrologia (o resto do meu tempo eu gastava lendo sobre os Backstreet Boys). E eu era extremista, dogmática. Por isso não reclamo quando um evangélico tenta me convencer que o sangue de Cristo tem poder. Eu falava horas e horas sobre a influência de Júpiter na nossa personalidade.

Hoje as coisas mudaram. Sou agnóstica - estou sempre em cima do muro – e não sou totalmente cega quando o assunto é astrologia. Isso acontece porque para a astrologia fazer sentido, há muitas contas e cálculos a serem feitos e hoje faço faculdade de humanas. Mas nada disso me impede ficar sempre com um pé atrás quando conheço um leonino ou um canceriano.

Acontece que esse post será diferente. Não irei falar sobre como um arietino gosta de tomar a iniciativa (sim, ariano é gente branca que Hitler gostava, arietino é quem nasceu sob o sol na casa um). Não. Irei falar sobre outra coisa. Quando você nasceu, não será o assunto dessa lista. Mas sim de quando seus pais te geraram.

Áries – Você foi gerado em julho. Ou seja, seus pais só estavam um dia tentando se aquecer, por isso você é assim, tão nervosinho. Ninguém achou que aquela noite fria iria dar tanto trabalho depois.

Touro – Agosto é conhecido como o mês do azar. E advinha o que aconteceu com os seus pais? Sua mãe ficou grávida. Assim, você vive teimando que não é um medalhão de má sorte ambulante.

Gêmeos – No mês das flores, do amor, do início da primavera seus pais olharam um para o outro e viram o quanto se amavam. Por isso você é tão alegrinho e bobo. Além de ser super mente aberta – leia-se meio viado. (Sim, sou geminiana).

Câncer – Oktober Fest, dia das crianças, feriado prolongado. Na realidade seus pais estavam bêbados sem saber o que estavam fazendo. Assim, você precisa acreditar que eles se amam, que não foi tudo conseqüência de um final de semana regado a cerveja na praia.

Leão - Você é tão mal humorado porque foi concebido no dia dos mortos. Nada mais a declarar. (sim, eu tenho medo de leoninos)

Virgem - Em pleno Natal, aqueles sem vergonha não respeitaram a ordem das festas e foram direto para a comemoração. Alguém na sua família tem que mostrar um mínimo de seriedade e sobriedade, certo?

Libra – Você é meio gay porque nasceu no mês das flores e foi gerado em pleno verão. Quer mais desculpa para ser todo fresco?

Escorpião - Com seu pai vestido de travesti e de batom, sua mãe toda colorida e maquiada de sainha curtinha numa festa open bar em pleno carnaval. Não é de surpreender que você seja meio assim, vingativo. Além de só pensar em sexo, claro.

Sagitário - E são as águas de março fechando o verão. Sem ter muito que se fazer, seus pais estavam em casa, molhadinhos. Se eu fosse você, também não gostaria de ficar muito em casa não.

Capricórnio – Páscoa. Sem comer carne, advinha o que seus pais (aqueles safadinhos) fizeram? Por isso você é assim, todo caladão. Vergonha, né?

Aquário – Realmente, numa família em que se comemora o dia das mães tentando fazer outra, as pessoas são assim, para frentex. E com esse amor louco dos seus pais, tem que se ater ao computador, à internet, a motor de carro...

Peixes – Quando alguém te zoar dizendo que você é meio romântico, meio avoado, meio gay, replique: você foi a conseqüência do dia mais romântico do ano: o dos namorados. Em pleno inverno, seu pai foi todo amoroso com a mamãe, levou chocolate, um vinho (para aquecê-la no inverno) e... É você é fruto de um amor capitalista. Mas não fique triste e pensativo, ok?

Gostaria de salientar que eu tenho amigos de todos os signos e amo muito todos eles. Mas isso é só uma brincadeira que veio na minha cabeça conversando com a Carol (escorpião e o carnaval) e o Vinho (sobre o porquê há muitas pessoas nascidas em setembro). Só isso.

ps: Escrevi pouca coisa sobre Leão pois terei medo das reações vindouras...

quinta-feira, setembro 10, 2009

Dos filhos deste solo és mãe gentil

Estava lendo o blog da Carol e resolvi fazer o meu protesto também. A primeira vez que eu vi o Hino Nacional assassinado pela Vanusa foi no Te dou um dado? e confesso que ri muito. Adorei ver aquelas pessoas obrigadas a ouvir aquele horror sem saber se iam ou se ficavam em respeito ao Hino. Eu iria embora gargalhando.

O pior foi saber que ela disse que ninguém sabia o Hino e que ela estava certa em fazer a palhaçada que fez. Eu sei que muita gente não sabe o Hino Nacional e dá uma enrolada, mas o ritmo nós sabemos. Sem desculpas de muita neosaldina, labirintite ou óculos errados. Teria sido muito melhor se ela tivesse dito: "Eu não sei o Hino Nacional. Desculpem, irei morar no Camboja". Para mim, o mínimo que ela merecia era um puxão de orelhas do Presidente. Ou vão argumentar que ela não sabe o Hino por ter sido alfabetizada em inglês?

Se uma pessoa sabe pelo menos uma estrofe do hino da cidade dela, ela ganha uns pontinhos a mais comigo. Eu sei todos: Nacional, Bandeira, República, Independência, de Guarulhos. Por isso, minha professora de História me obrigava a cantar na frente da escola inteira para que me acompanhassem. Morria de vergonha, mas sentia um orgulho no peito, e ainda sinto, quando escuto o hino mais bonito do mundo (eleito pela FIFA) vendo a equipe de vôlei feminino ou masculino ganhando o ouro. Dá uma vontade de chorar que fica engasgada no peito.

Por isso eu fiquei muito chateada em não ver uma recriminação pública contra essa mulher. Se isso fosse nos EUA, ela seria linchada no meio da apresentação. Para deixar a coisa mais nossa, se ela fosse cantar o hino do Corinthians e o confundisse com o do São Paulo (coisa que eu sempre faço) duvido que ela não estaria em pedaços em algum lugar por ai. No primeiro colegial, um amigo meu dançou funk enquanto cantávamos o hino. Ele levou uma advertência. E ela? Meu desprezo.

Para quem quer se sentir mais brasileiros, com muito orgulho, com muito amor:


Hino de Guarulhos (Para os guarulhenses como eu que cantavam o Hino antes das Olimpíadas da cidade. E saibam que minha cidade comemorará em 2010, 450 anos!!)

quarta-feira, setembro 09, 2009

Guerra dos Vampiros

Eu sabia que meu vício em um jogo para Facebook ia acabar me dando pesadelos. Mas eu estou começando a acreditar que o meu sonho pode dar um bom filme. Ou não. Roteiristas de Hollywood prestem atenção!!

Eu havia chamado meu melhor amigo para me visitar. Junto com ele, eu tinha chamado uns rapazes que tinha conhecido na internet. Estávamos conversando quando uma amiga que mora comigo apareceu para pegar suas coisas, pois seu bebê estava para nascer. Para completar a galera aleatória em casa, minha mãe apareceu de surpresa e resolveu fazer comida.

Ao acender o fogão, minha mãe jogou o fósforo pela janela e queimou um bebê. A mãe dela gritou e eu e minha mãe fomos lá embaixo ver o que tinha acontecido. A partir daquele momento, o sonho passou a ser em inglês. O céu estava carregado. As ruas não existiam, apenas as casas. Fiquei curiosa porque muitas pessoas estavam nos telhados. Procurei a mãe da criança com o carrinho dela enquanto tentava ouvir o que as pessoas diziam uma para as outras.

O céu ficou completamente escuro e um homem (a cara do Bobby, do Supernatural) disse que agora era a hora, a guerra iria começar, para todos estarem prontos. Saí correndo com a minha mãe de lá. De repente, muitos jornalistas estavam na porta do prédio, nas ruas, filmando tudo o que acontecia.

Um fotógrafo me viu e começou a sussurrar umas coisas sem sentido até que ele disse para a minha mãe o que estava acontecendo: era a guerra dos vampiros. Tinha começado. E eles triunfariam. Comecei a entender tudo o que eles diziam, eles já tinham traçado um plano (sim, os jornalistas eram vampiros disfarçados, hã? Hã?) e a ideia deles era pegar todos os humanos presos nos prédios e deixá-los sem comida, nem água, nem nada, até eles aceitarem a redenção. Saí correndo, gritando para a minha mãe vir comigo.

Na escada, apareceram as crianças do prédio, sujas de terra, no escuro e sérias. Surpreendentemente, eu não estava com medo delas, apenas olhava para a porta esperando ver a minha mãe. A menina mais velha, lá pelos seus doze anos me olhou nos olhos e disse: “você acredita que nós vamos te morder? Te matar? Por quê?”

Aí eu compreendi. EU era um deles. Era uma vampira. Entendi porque tinha chamado tantas pessoas para virem ao meu prédio naquele exato dia. Era para EU ter suprimentos enquanto a guerra continuava. Era para eles infectarem as outras pessoas do prédio. Eu era peça-chave na guerra.

Mas e a minha mãe? Era vampira tbm? Ou foi devorada pelos vampiros como a primeira vítima indefesa? Porque eu andava à luz do dia? Era uma vampira muito forte ou era meia vampira? Se é assim, quem eh humano? Meu pai? Minha mãe ( a pobre vitima que EU deixei para trás?) Eu iria ter coragem de morder meu melhor amigo?

E... agora a parte mais moral da história: e minha amiga grávida? Eu iria infectar o bebê dela e ter o vampiro mais forte do mundo? COMO eu ia fazer isso?

Essas foram as perguntas que eu fiz quando acordei. Boa noite. E bons sonhos.