quarta-feira, abril 01, 2009

Das grandes perguntas da vida

Volta e meia me pego pensando nos mesmos assuntos. Na rotina dos caminhos do pensamento que meu cérebro insiste em percorrer. E o pior desse trajeto é que ele não passa de uma grande, imensa rotatória É um círculo tão enorme, tão grande, que às vezes chego a acreditar que estou numa linha reta. Até ver que cheguei de onde parti.

Um exemplo dessas pegadinhas dialéticas é se existe o destino ou o livre-arbítrio. É bom saber que somos livres para tomar nossas próprias decisões. E é péssimo arcar com as consequências. Esse é um dos motivos de Deus ser brasileiro: não precisa trabalhar muito, já que cada um escolhe o próprio caminho. Quem é Ele para se intrometer? É uma ótima desculpa para quando estamos desesperados mas ainda com fé. Destino, por outro lado, é reconfortante saber que não importa o que façamos, tudo já está escrito na trama da vida.

Outra armadilha do pensamento é o da mulher bem sucedida. Por que a grande maioria delas é solteira? Elas tiveram que escolher entre carreira ou família? Devo admitir que me inspiro nessas mulheres tão bem valorizadas e competentes. Muitas delas são lindas, além de inteligentes. Como estão solteiras?

É nessa hora que chego ao “checkpoint”. E se na realidade, o livre-arbítrio não existe e o destino que comanda tudo, absolutamente tudo, já preparou que você se perguntaria sobre suas decisões e sabe quais você irá tomar (como acreditar no livre-arbítrio)? E se, o livre arbítrio é a única coisa que existe e nosso frágil corpo humano precisa desesperadamente que acreditemos em algo apenas para nos sentirmos menos sós nesse universo?

A mulher bem sucedida e competente é solteira porque ela optou ou porque ela foi descartada? Ela que ama a carreira, escolheu e decidiu passar por cima de todos os valores da sociedade sobre a mulher e seu papel de mãe e esposa? ou quando ela estudava ninguém se interessou por ela e assim, resolveu se dedicar ao máximo aos estudos, sendo, finalmente uma mulher bem capacitada? E aí vem minha máxima: por que ninguém a escolheu? Porque os homens se sentem amedrontados ao conversar com uma mulher com conteúdo e prefiram então aquelas que adoram falar sobre esmaltes. Será que os homens ainda são tão machistas?

Final lap.Prefiro acreditar que não. Da mesma forma que eu prefiro acreditar que exista um deus lá em cima, só para eu poder usar interjeições. Mas que são tantas, mas tantas pessoas para atender que ele prefira só observar. O maior vouyer de toda a história. Assim como prefiro, de coração, acreditar que eu possa me dedicar à minha carreira sem ter medo de nunca ter uma cama de casal e duas escovas de dente sobre a pia. E então eu volto de onde saí.

Um comentário:

Carol Oliveira =D disse...

Eu ainda quero acreditar q/ serei bem sucedida profissionalmente, seguirei ou com minhas ilustrações ou poema p/ um lado artístico. Farei algo ou participarei de algum grupo q/ ajude as pessoas, repassando educação, arte e cultura. Dividirei a cama, escova de dente, dívidas, banho com o homem que mais amar na minha vida e que com ele terei meus filhos! (meu sonho é ter 4, mas como o mundo tá do jeito q/ tá, eu tenho medo e acho q terei só 2)

Esses são os meus objetivos de vida e sei que só sendo uma super mulher com uma saúde perfeita e psicologicamente equilibrada que consegue tudo isso.

Se é livre-arbitrio, eu opto por tudo isso! Se é destino, que tudo isso esteja em meu caminho. Prefiro continuar com as minhas ilusões que Deus a qq momento ele deixa de observar para ajudar e que encontrarei o meu "vazio freudiano", que possuo desde o momento que me tiraram da barriga da minha mãe.

Sendo destino ou não, eu nasci para ser feliz, sendo muito bem sucedida, com um homem q/ reciprocamente me ame demais e com os meus bebês mais lindos do mundo, pois eles ainda ñ existem, mas eu já os amo!


(acordar de ressaca e sentimentalista é phoda, viu! Dá em comentários como esse!!!)