O nada ocupando espaço e tempo. Porque de cronista e louco, todo jornalista tem um pouco.
sábado, novembro 14, 2009
Homens não entendem indiretas (ou diretas mesmo)
terça-feira, novembro 10, 2009
Do mal necessário (ou da minha raiva de bancos)
sexta-feira, novembro 06, 2009
Das minhas conclusões sobre a lei de Murphy
terça-feira, novembro 03, 2009
Para uma das Carol da minha vida (Parabéns, flor!)
quinta-feira, outubro 22, 2009
Da nostalgia
Em 1997, eu estava na quarta série, morava em um sobrado e ainda não conhecia os milagres da depilação no buço. Na época, um cd era uma coisa cara, muito cara; e eu fui a primeira da sala a ter um. Acabamos fazendo um cover delas e eu era a Mel B. Como todas queriam saber as letras e o encarte tinha as letras muito pequenas, não consegui xerocar e tive que copiar faixa por faixa à mão. Melhorei minha escrita em inglês e a pronúncia. E, seis anos depois, virei professora de inglês e espanhol (a Shakira tava bombando com Estoy Aqui na mesma época).
Aos 11 anos, tudo o que eu queria era que na minha casa pegasse MTV. Mariah Carey não era cafona, ouvíamos axé e não tínhamos vergonha de ralar na boquinha da garrafa (eu tinha sim, ok? Lembrem-se: eu era magrela de óculos, CDF e sem saber o que era depilação ou escova progressiva), quase ninguém tinha celular e ninguém sonhava com a existência do DVD - eu uma vez sonhei com isso, mas conto depois.
Eram tempos bons. Acredito que vivi a última verdadeira infância: X-tudo, Castelo Ra Tim Bum, Chiquititas, Carrossel, Malhação com o Dado e o Mocotó, Planeta Xuxa, Mara Maravilha, Pense Bem, Mega Drive e Nintendo, papéis de carta.Embora tudo parecesse mais difícil pela falta de tecnologia, as crianças ainda eram crianças. Só quem usava roupa listrada era mímico e o hip hop e o rap não tinham invadido o mercado da música, assim como o emo. E nada de internet.
Agora vocês querem saber a parte mais triste de sentir nostalgia? Como os jovens diriam: "Nostalgia é coisa de gente velha". É... acho que é verdade. Afinal, os Backstreet não são mais Boys já há algum tempo nem as Spice são Girls. Assim como eu.
ps: Um outro ótimo canal da madrugada é a NGT por conta do Stay Heavy que tem algo que a MTV não tem mais: metal. E o outro canal é a TVBrasil com o programa Samba na gamboa com o Diogo Nogueira (um dos homens mais lindos e simpáticos desse país, ai, ai... ta aqui um trecho do programa dele)
segunda-feira, outubro 19, 2009
Da falta de tempo para fazer crônicas
quinta-feira, outubro 08, 2009
De como a saúde é a coisa mais importante da vida
Eu acredito que dor simplesmente é o órgão ou músculo querendo aparecer. Afinal, quando você sente uma dor de estômago, na verdade você sente é o próprio estômago, porque quando não sente nada, você está bem. Certo? Eis que minha garganta se sentiu solitária e apareceu na minha semana. E meus pulmões e nariz resolveram se unir à causa e entraram em greve. Assim como os bancos.
Não acordo bem, não levanto bem, não me sinto bem o dia inteiro. Não sinto vontade de fazer nada. Tudo por culpa da minha garganta. E essa depressão pós-antiinflamatório ficou mais nítida depois que eu vi uma matéria do Jornal da Cidade de Bauru dizendo que a desorganização reflete o estado emocional da pessoa.
E pelo visto, eu tô bem mal, viu.
Tô aceitando ajuda para ter mais animação, ok? Eu juro que depois comento sobre o Rio 2016, fim do mundo, Bastardos Inglórios, feriados...
quarta-feira, setembro 30, 2009
Aniversário de um ano do Crônicas!!
segunda-feira, setembro 21, 2009
Do prazer de ler
terça-feira, setembro 15, 2009
Me digas quando nasceste e te direi quem és
Quando eu era mais nova, adorava ler coisas sobre os astros. Não sobre a Britney Spears, mas sobre astrologia (o resto do meu tempo eu gastava lendo sobre os Backstreet Boys). E eu era extremista, dogmática. Por isso não reclamo quando um evangélico tenta me convencer que o sangue de Cristo tem poder. Eu falava horas e horas sobre a influência de Júpiter na nossa personalidade.
Hoje as coisas mudaram. Sou agnóstica - estou sempre em cima do muro – e não sou totalmente cega quando o assunto é astrologia. Isso acontece porque para a astrologia fazer sentido, há muitas contas e cálculos a serem feitos e hoje faço faculdade de humanas. Mas nada disso me impede ficar sempre com um pé atrás quando conheço um leonino ou um canceriano.
Acontece que esse post será diferente. Não irei falar sobre como um arietino gosta de tomar a iniciativa (sim, ariano é gente branca que Hitler gostava, arietino é quem nasceu sob o sol na casa um). Não. Irei falar sobre outra coisa. Quando você nasceu, não será o assunto dessa lista. Mas sim de quando seus pais te geraram.
Áries – Você foi gerado
Touro – Agosto é conhecido como o mês do azar. E advinha o que aconteceu com os seus pais? Sua mãe ficou grávida. Assim, você vive teimando que não é um medalhão de má sorte ambulante.
Gêmeos – No mês das flores, do amor, do início da primavera seus pais olharam um para o outro e viram o quanto se amavam. Por isso você é tão alegrinho e bobo. Além de ser super mente aberta – leia-se meio viado. (Sim, sou geminiana).
Câncer – Oktober Fest, dia das crianças, feriado prolongado. Na realidade seus pais estavam bêbados sem saber o que estavam fazendo. Assim, você precisa acreditar que eles se amam, que não foi tudo conseqüência de um final de semana regado a cerveja na praia.
Leão - Você é tão mal humorado porque foi concebido no dia dos mortos. Nada mais a declarar. (sim, eu tenho medo de leoninos)
Virgem -
Libra – Você é meio gay porque nasceu no mês das flores e foi gerado em pleno verão. Quer mais desculpa para ser todo fresco?
Escorpião - Com seu pai vestido de travesti e de batom, sua mãe toda colorida e maquiada de sainha curtinha numa festa open bar em pleno carnaval. Não é de surpreender que você seja meio assim, vingativo. Além de só pensar em sexo, claro.
Sagitário - E são as águas de março fechando o verão. Sem ter muito que se fazer, seus pais estavam em casa, molhadinhos. Se eu fosse você, também não gostaria de ficar muito em casa não.
Capricórnio – Páscoa. Sem comer carne, advinha o que seus pais (aqueles safadinhos) fizeram? Por isso você é assim, todo caladão. Vergonha, né?
Aquário – Realmente, numa família em que se comemora o dia das mães tentando fazer outra, as pessoas são assim, para frentex. E com esse amor louco dos seus pais, tem que se ater ao computador, à internet, a motor de carro...
Peixes – Quando alguém te zoar dizendo que você é meio romântico, meio avoado, meio gay, replique: você foi a conseqüência do dia mais romântico do ano: o dos namorados. Em pleno inverno, seu pai foi todo amoroso com a mamãe, levou chocolate, um vinho (para aquecê-la no inverno) e... É você é fruto de um amor capitalista. Mas não fique triste e pensativo, ok?
Gostaria de salientar que eu tenho amigos de todos os signos e amo muito todos eles. Mas isso é só uma brincadeira que veio na minha cabeça conversando com a Carol (escorpião e o carnaval) e o Vinho (sobre o porquê há muitas pessoas nascidas em setembro). Só isso.
ps: Escrevi pouca coisa sobre Leão pois terei medo das reações vindouras...
quinta-feira, setembro 10, 2009
Dos filhos deste solo és mãe gentil
quarta-feira, setembro 09, 2009
Guerra dos Vampiros
Eu sabia que meu vício em um jogo para Facebook ia acabar me dando pesadelos. Mas eu estou começando a acreditar que o meu sonho pode dar um bom filme. Ou não. Roteiristas de Hollywood prestem atenção!!
Eu havia chamado meu melhor amigo para me visitar. Junto com ele, eu tinha chamado uns rapazes que tinha conhecido na internet. Estávamos conversando quando uma amiga que mora comigo apareceu para pegar suas coisas, pois seu bebê estava para nascer. Para completar a galera aleatória em casa, minha mãe apareceu de surpresa e resolveu fazer comida.
Ao acender o fogão, minha mãe jogou o fósforo pela janela e queimou um bebê. A mãe dela gritou e eu e minha mãe fomos lá embaixo ver o que tinha acontecido. A partir daquele momento, o sonho passou a ser
O céu ficou completamente escuro e um homem (a cara do Bobby, do Supernatural) disse que agora era a hora, a guerra iria começar, para todos estarem prontos. Saí correndo com a minha mãe de lá. De repente, muitos jornalistas estavam na porta do prédio, nas ruas, filmando tudo o que acontecia.
Um fotógrafo me viu e começou a sussurrar umas coisas sem sentido até que ele disse para a minha mãe o que estava acontecendo: era a guerra dos vampiros. Tinha começado. E eles triunfariam. Comecei a entender tudo o que eles diziam, eles já tinham traçado um plano (sim, os jornalistas eram vampiros disfarçados, hã? Hã?) e a ideia deles era pegar todos os humanos presos nos prédios e deixá-los sem comida, nem água, nem nada, até eles aceitarem a redenção. Saí correndo, gritando para a minha mãe vir comigo.
Na escada, apareceram as crianças do prédio, sujas de terra, no escuro e sérias. Surpreendentemente, eu não estava com medo delas, apenas olhava para a porta esperando ver a minha mãe. A menina mais velha, lá pelos seus doze anos me olhou nos olhos e disse: “você acredita que nós vamos te morder? Te matar? Por quê?”
Aí eu compreendi. EU era um deles. Era uma vampira. Entendi porque tinha chamado tantas pessoas para virem ao meu prédio naquele exato dia. Era para EU ter suprimentos enquanto a guerra continuava. Era para eles infectarem as outras pessoas do prédio. Eu era peça-chave na guerra.
Mas e a minha mãe? Era vampira tbm? Ou foi devorada pelos vampiros como a primeira vítima indefesa? Porque eu andava à luz do dia? Era uma vampira muito forte ou era meia vampira? Se é assim, quem eh humano? Meu pai? Minha mãe ( a pobre vitima que EU deixei para trás?) Eu iria ter coragem de morder meu melhor amigo?
E... agora a parte mais moral da história: e minha amiga grávida? Eu iria infectar o bebê dela e ter o vampiro mais forte do mundo? COMO eu ia fazer isso?
Essas foram as perguntas que eu fiz quando acordei. Boa noite. E bons sonhos.
sexta-feira, agosto 28, 2009
Capitu
Na escola, em um dia nada especial, ela brincava, sonhando com seus ídolos e prestando atenção na aula nos intervalos que sua imaginação lhe dava. E sem fazer nada de especial, ela atraiu o olhar dele.
Ele era, havia nascido assim, um romântico por natureza - embora não admitisse. Gostava de livros e filmes que se chora no meio e no fim. E em todos eles, ele a colocava no papel principal, nos quais o mocinho era ele, claro. Como ela não era a bobinha que vocês devem estar pensando, Capitu era a personagem que ele mais gostava de imaginá-la - a personagem feminina mais complexa e melhor escrita da literatura mundial, um verdadeiro elogio. E ele tinha que se contentar em ser o Bentinho, sempre odiado por muitos, discutido por muitos, mal compreendido por muitos. Ela, no entanto, nem imaginava que fosse alvo de tamanha imaginação.
E assim ele viveu. A imaginando sempre. Conversando, saindo com ela, lhe acariciando os cabelos.
Enquanto isso, ela vivia: namorava, chorava, cantava, bebia. Até que um dia, anos depois do dia nada especial, aconteceu. Ele reuniu a coragem necessária e lhe disse tudo o que estava na garganta e no coração. Sem reação, ela o abraçou. Pensou e sorriu.
Hoje ela imagina o Oliveira todo o tempo. E ele a Capitu.
sexta-feira, agosto 21, 2009
“Tomando café e bisbilhotando a chuvinha cinzenta lá fora”
terça-feira, agosto 18, 2009
Ana
Ana era sonhadora desde que nasceu, mas odiava admitir esse fato. Quando estava sozinha começava a imaginar como gostaria que sua vida tivesse sido e que viria a ser. Desde pequena não dava muita importância em ter que cuidar da sua vó doente ou de ter que fazer a lição de casa antes de comer a sobremesa. Porque quando fazia essas coisas, estava pensando no que ela mais gostava: no dia do seu casamento. Quando aprendeu a cozinhar foi pior: fazia bolos deliciosos para o seu marido imaginário. Na véspera do seu aniversário de quinze anos sonhou que dançava valsa com o seu marido.
Depois, quando passou em medicina no vestibular, desejou poder abraçar e comemorar com “ele”. Na faculdade, nos seus raros momentos completamente sozinha, chegava a pensar que estava ficando louca e que era um absurdo ter 24 anos e ainda ter um “amiguinho imaginário”. Porque era isso que ele era: um amigo imaginário. Ele tinha mudado de cara muitas vezes: durante alguns anos ele era parecido com um rapaz da sala dela, só que mais alto; depois, ficou com a cara de um ator famoso; depois de um homem por quem ela foi apaixonada durante toda a faculdade. Depois de um tempo, ele deixou de ter um rosto, era um ser disforme, era um “marido-idéia”.
Não que ela nunca tivesse se apaixonado por alguém de carne e osso. Já namorara muitas vezes, e nessas épocas “ele” ganhava o rosto do namorado. Como era ingênua, acreditava que havia encontrado o cara certo, já que “Ele” tinha um rosto agora. Quando o namoro acabava, Ana chorava, chorava até um dia “ele” ressurgir, diferente; se o ex era loiro, “ele” era moreno, e vice-versa. Não importava, ele era diferente sempre. Aos poucos “ele” ia consolando Ana, lhe dizendo para esquecer aquele rapaz que a estava fazendo sofrer, que “ele” era apaixonado por ela de verdade; que apenas “ele” poderia fazê-la feliz. E logo Ana esquecia tudo e voltava para o seu mundo de fantasias.
No trabalho, enquanto medicava um paciente ficava no mundo das nuvens, sonhando com o momento em que ele aparecia de médico, claro, e diria que era novo ali, que precisava de uma ajuda porque não conhecia bem o hospital, não conhecia totalmente a ala da oncologia (ele sempre era oncologista) e ela lhe sorria e dizia que ele estava na ala errada, ela era chefe do departamento de geriatria, mas que depois do paciente ela o levaria para a ala correta. Ele perguntava se ela gostaria de almoçar com ele e namorariam. Apenas quando o seu estômago roncava, ela percebia que ele não havia aparecido – já que não existia – e ela teria que almoçar sozinha novamente.
Mas a vida não é como nós esperamos. Ela passou anos sozinha, saindo com amigos, e conhecendo caras que não eram nada do que ela esperava. Um dia, Ana se apaixonou. Não por um oncologista, mas por um pediatra. Noivaram, casaram e em três anos ela teve sua filha. Porém, em uma noite comum, quando já tinha posto sua filha para dormir, passou seus cremes, pôs um pijama e se deitou ao lado do seu marido, sentiu outra presença no quarto. “Ele” aparecia sem rosto, apenas um sorriso e se sentou ao lado dela.
Ela nada disse. Tampouco conseguiu dormir. Uma semana depois, pediu o divórcio. O marido nada entendeu. Ela se sentia péssima, não suportava mais essa situação. Estava traindo o marido com ela mesma. Se separaram e ela continuou sonhando com “ele”. Morreu velhinha, sozinha e feliz. Tinha encontrado sua alma gêmea: ela mesma.
terça-feira, agosto 11, 2009
É proibido fumar
domingo, agosto 09, 2009
De como eu seria muito mais feia (ou da vaidade)
Mas mesmo assim, corto franjas assimétricas e compro esmaltes e batons da estação!!! Ui!
quarta-feira, agosto 05, 2009
Da moda
sexta-feira, julho 31, 2009
Para ver o Anima Mundi tem que ter paciência

Sábado fui conferir o maior festival de animação da América Latina. Confesso que sempre quis ir ao Anima Mundi, mas faltavam disposição, grana e conhecimento prévio. Nesse ano, tinha todos os pré-requisitos e fui. O local do evento foi o Memorial da América Latina. Logo ao chegar duas coisas me impressionaram muito: a falta de organização do evento, já que tínhamos que adivinhar onde era a bilheteria, os prédios, os banheiros; e a moda do pessoal que foi lá curtir o evento. Desculpem-me os moderninhos de plantão. Mas eu não admito aqueles óculos achados no fundo do baú da avó com uma franja preta tingida colada à testa com uma calça que denuncia a magreza das pernas do cidadão. Não, não admito. Sou brega sim, mas me visto muito melhor do que eles.
Voltando ao assunto desse post, o espaço escolhido era bem amplo, a bilheteria organizada, porém sou um pouco azarada então, me deram o ingresso errado. E isso é uma coisa que eu também não curti muito do evento. Antes, eu acreditava que o Anima Mundi era uma exposição com animações do mundo todo. Você tinha acesso a todos os vídeos que o seu tempo poderia dispor. Mas não, no panfleto não há sinopses dos filmes, você compra às cegas e tem que escolher com antecedência uma atração só.
Uma das coisas que eu gostei era que você podia fazer animações. Instrutores (bem educados) te ajudavam a criar curtas com pessoas, massinhas e papel. Era bem divertido assistir ao processo e depois ver o resultado final. As salas eram bem espaçosas e o longa que eu assisti foi muito bom mesmo. “Immigrants - L.A Dolce Vita”, caso encontrem na internet, o traço é estilo Nickelodeon, mas a animação é uma dura crítica aos Estados Unidos, que ainda busca pelo “american dream”, digo, israelenses, indianos, húngaros, mexicanos, todos vão aos EUA em busca do “american dream”. Muito interessante mesmo.
Para quem gosta de se sentir cult é um festival imperdível. Mas vale tentar saber com antecedência tudo, mas tudo mesmo, porque você acaba se sentindo um idiota ao invés de cool quando se está na fila tentando traduzir o caderno de horários sem ideia do que vai assistir.
sábado, julho 25, 2009
Dica de cinema: "A Mulher Invisível"
Uma coisa que eu tenho feito bastante é ir ao cinema. Leio sobre o tema, mas espero um dia realmente poder falar com muita bagagem sobre o assunto. Por enquanto tenho apenas uma nécessaire. Vejo filmes de todos os tipos: documentários, longas, animações, curtas, europeus, asiáticos, hollywoodianos. Confesso, porém, que o pior tipo de filme para admitir que se gosta é o brasileiro: ainda há muito preconceito (se bem que isso é um ótimo tema para um outro post). Acredito que eu seja uma das poucas pessoas que não tem medo em afirmar: “eu gosto de cinema nacional”.
Assim sendo, assisti ao filme “Mulher Invisível” de Claudio Torres - o mesmo diretor de Redentor. O filme me surpreendeu. Pelo cartaz e pelos comentários, achava que o roteiro seria completamente previsível e haveria mulher (leia-se Luana Piovani) pelada. Mas não. O filme é delicado, as piadas são bem encaixadas, uma boa iluminação e fotografia, até as roupas (se é que podemos chamar de roupa) que a Luana usa são “comportadas”. Há no elenco, Vladimir Britcha, Fernanda Torres e Marcelo Adnet – que francamente, não entendi muito bem porque ele está no filme. Mas já deu para perceber, pelo elenco escolhido, que se trata de uma comédia.

Selton interpreta Pedro, um controlador de tráfico no Rio de Janeiro que é abandonado pela mulher. Depois de três meses de depressão, ele se apaixona por Amanda (Luana Piovani) que surge na porta do apartamento de Pedro com um clichê: uma xícara vazia e pedindo açúcar. Ela passa a morar com ele e ficam noivos. Mas, como o nome do filme já diz, ou seja, não estou dando nenhum spoiler aqui, ela não existe.
Mas o que mais me intriga no cinema nacional é o fato de o ator principal ser sempre o Selton Mello. Desde 1990 ele participou de 25 filmes e dirigiu dois. Claro que ele é um bom ator, mas não há muito espaço para o cinema nacional e há muitos atores no país. Por exemplo, o Murilo Benício é um ator que eu gostaria de ver mais nas telonas. Em “O Homem do Ano” ele está maravilhoso. Assisti a esse filme essa semana e não pude deixar de reparar na interpretação dele. Principalmente pelo fato de a minha última lembrança dele era a do papel que ele fez em “Chocolate com Pimenta” (Sim, faz muito tempo que eu não vejo novelas) um riquinho medroso; já no filme, ele é um homem “Macabéia”, rude e insensível. Quem ainda não assistiu “O Homem do Ano”, por favor, veja.
“Mulher Invisível” é um bom filme que realmente vale a pena assistir. Muito melhor do que ir até o cinema, ficar na fila por horas, comprar pipoca e ver um filme cheio de explosão e efeitos especiais vazios. Afinal, cinema é antes de tudo, uma boa história pra se ver e ouvir.
Aguardem mais posts sobre filmes... para mim, férias = cinema