O nada ocupando espaço e tempo. Porque de cronista e louco, todo jornalista tem um pouco.
quinta-feira, abril 18, 2013
Odisseia #2
Aí subi na balança para saber se já tinha dado algum resultado e....
ENGORDEI UM QUILO E MEIO!! UHULLLLLL
VALEU BRASIL!!!
E é isso aí, gente! Meu plano agora vai ser: comer cada vez menos, fazer cada vez mais exercícios em busca da obesidade mórbida! É isso mesmo, galera! Quem sabe se eu continuar comendo frutas, diminuindo o açúcar, fazendo mais exercícios, comendo de 3 em 3 horas e bebendo mais água meu corpo atinge o peso IDEAL para uma bariátrica, hein?
É isso, aí!!! Não vou desistir agora, né? Se a cada semana que eu fizer exercícios e comer melhor eu engordar UM FUCKING QUILO E MEIO, em 52 semanas serão 78 kg a mais!!! Uhuuuulll!!!! Não vou desistir agora!
Vamos ver o que a próxima semana me reserva, hein? :)
quarta-feira, abril 10, 2013
Novas regras
Basicamente, o post diz que seu cérebro foi feito para realizar TAREFAS. Se você coloca na agenda "emagrecer" isso é um PLANO e não uma tarefa. A tarefa será, por exemplo "correr 5 km às quartas-feiras". Beber 2 litros de água por dia não é uma tarefa, é um plano, afinal você não é um camelo, certo? Então se reorganizar para executar e agendar TAREFAS funciona dez vezes mais do que planos. E para executar planos, anote o PLANEJAMENTO, cada etapa e quais tarefas são necessárias. E esse post é sobre um plano: EMAGRECER. Mas por que raios eu sempre falo em emagrecer e nunca consigo?
Meu problema: saúde
Eu sempre reclamei (aqui e aqui) no blog da minha incrível dificuldade para emagrecer. Eu corria, comia bem, fazia atividades físicas e minha balança sempre sobe. Eis que há dois anos descobri que tenho hipotireoidismo. E o que é isso? É um problema genético (minha vó tinha) e sem cura. A tireoide controla o metabolismo do nosso organismo, entre outras coisas. Quem tem hipotireoidismo pode ter:
- sonolência
- ansiedade
- falta de fome
- queda de cabelos
- unhas fracas
- dificuldade para emagrecer
- aumento do colesterol
- depressão
- surdez
Quando eu descobri minha condição, meu colesterol estava acima do dobro permitido para a nossa saúde. Meus cabelos caíam sempre, eu dormia 16 horas por dia, não tinha fome, minhas unhas nunca cresciam e eu estava fazendo terapia para controlar minha ansiedade e depressão. Eu tenho que tomar remédio para o resto da minha vida, fazer exames de sangue a cada 6 meses e ter um cuidado extra com meu peso simplesmente porque: meu corpo não consegue emagrecer com a mesma facilidade que um organismo normal.
As fotos a seguir são chocantes.
Uma faculdade depois, cerveja, hipotireoidismo, término de namoro e morte de cachorro depois. Eu, com 74 kg:
Eu sou a de camiseta bege.
Dá para ver o quanto eu fui "indo para os lados". Eu não virei uma bolotinha, eu apenas fiquei mais larga. De sutiã M fui para o "tamanho especial". De 38 fui para 46 nas calças jeans. E isso fere muito a minha auto-estima. Principalmente porque eu não como tudo que eu quero e eu faço atividade física.
Mas o difícil mesmo é ter a perseverança e não desistir mesmo depois de 4 anos tentando emagrecer e falhando terrivelmente em todas elas. Ver gente emagrecendo com menos esforço ou comendo mais e não engordando tanto magoa. Magoa e muito. Mas eu tenho uma doença e preciso me esforçar mais do que uma pessoa comum.
Minha alimentação
Não vou dizer que eu sou a rainha da alimentação saudável, mas eu me permitia uma alegria no bar uma vez por semana. Também tomava umas duas latinhas de cerveja durante a semana. Nunca fui de comer besteria todo dia também. A época que eu comia um pacote de bolachas foi há dez anos. Essa páscoa, ganhei uma barra de 250 g de chocolate amargo e ela ainda nem está na metade. Mas meu plano é: comer frutas todos os dias e a cada 3 horas comer algo. Além de cortar carboidratos à noite. Cortar refrigerantes e massas. Vamos ver no que vai dar.
Meu corpo, além de ser em formato de ampulheta, tem facilidade em ganhar massa muscular e dificuldade de perder gordura. Meu corpo é endomesomorfo. Sou um ser híbrido, risos. Para saber mais sobre os tipos físicos, clique aqui.
Conclusão
Novas perspectivas
Há umas três semanas tenho me sentido vazia. Estava sem vontade de fazer qualquer coisa que fosse. De sair da cama a voltar pra casa depois de um longo dia no trabalho. Não entendia de onde esse desânimo todo vinha até que, depois de uma sessão de terapia, descobri a fonte: um simples comentário.
Esse comentário era algo como "ninguém aqui é amigo de ninguém. Só trabalhamos juntos". E foi isso que caiu como uma pedra gigante na minha alma. Depois de todas as noites mal dormidas, todos os finais de semana gastos, as escolhas entre diversão e trabalho, nada disso valeu para ter uma amizade? Como me esforçar então?
Antes da faculdade, eu tinha mais de vinte amigos. Mas desses que se confia, que se sente saudade. Amigo de verdade. Durante a faculdade, uns 7. Hoje, 2.
E esse vazio todo é porque antes meu coração tinha muita gente. Hoje tem espaço de sobra. Dizem que "cabeça vazia é oficina do diabo". Eu acho que "coração vazio é diversão para seus demônios". Não daquele de chifres e roupa colante vermelha. Daqueles dos pensamentos que te assombram à noite.
Levei muito tempo para aceitar trocar de padrões. Agora e por enquanto, vou viver apenas para ME satisfazer. Irei estabelecer ações e etapas para atingir meus objetivos. Não vou mais me entristecer por quem não se importa comigo.
Claro que isso vai me fechar ainda mais. Mas vou me preocupar em abrir mais espaço no coração quando essas feridas se curarem. Mais fácil alugar um lugar quando ele está reformado, ne?
quinta-feira, abril 04, 2013
Uma casa simples
Todos os dias que volto pra casa de fretado, eu caminho até essa casa que nem fica na mesma rua do meu ponto de ônibus. Hoje me peguei pensando no porquê.
Eu gosto de ruas com árvores, odeio o cinza do concreto. Primeiro porque em São Paulo é muito difícil para as estruturas resistirem ao clima úmido da capital. Daí que o cinza se destaca, descasca e apodrece. Segundo porque é a cor predominante na cidade e é uma cor triste.
Outra coisa que me atrai nessa rua é a falta de movimento. Muitos carros traz bagunça, barulho e gente se xingando sem motivo.
Mas a minha parte favorita dessa casa é o muro. Não pensem que ela é uma casa tipicamente paulistana: cercada de segurança contra qualquer tipo de violência. Não, essa casa tem um muro baixinho, do tamanho perfeito para que eu me apoie nele.
No quintal dessa casa tem árvores e flores. E eu fico imaginando quem cuida delas. Como essa pessoa mora em São Paulo, tem um muro baixo e ainda tem tempo para cuidar de suas plantas?
E aí é o momento em que sorrio desejando que essa pessoa seja eu. Que essas sejam as minhas preocupações, que ter uma casa despreocupada e com plantas sejam parte da minha vida.
Dizem que São Paulo é uma cidade onde a vida não é simples. Aqui você escolhe entre carreira ou hobby; descanso ou happy hour; felicidade ou pró atividade. É por isso que eu quero sair da capital. Buscar minha casinha feliz.
Então meu tempo acaba, volto pro ponto e entro no fretado. Volto pra Guarulhos, para as ruas e avenidas movimentadas, pra minha rua cinza, pra minha casa cinza, com portões grandes e pesados. E torço para que, em breve, eu possa escolher pela minha felicidade.